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roteador, potência, velocidade, wireless
O roteador é um equipamento que influencia diretamente na qualidade da conexão wireless. Por isso, para que você tenha uma boa experiência de navegação, é importante avaliar as especificações técnicas do aparelho. Muitos fatores são envolvidos momento da escolha do equipamento, sendo assim, esse post poderá esclarecer algumas das dúvidas mais comuns: qual a diferença entre potência e velocidade do roteador? Confira!
A potência do roteador determina quão longe o sinal Wi-Fi pode chegar. Quanto maior for a potência do equipamento, maior será o alcance do sinal fornecido pelo roteador. Renata Scussel, Analista de Produtos e Negócios do segmento Redes Home & Office da Intelbras, lembra que é importante saber que esse não é o único fator que influencia na qualidade da conexão: “o plano de internet contratado, características do ambiente, número de dispositivos e usuários conectados também são determinantes para esta qualidade”.
Dois componentes do roteador devem ser observados para medir a potência: os rádios Wi-Fi e as antenas.
Os roteadores possuem internamente rádios que fornecem os sinais de Wi-Fi para acesso à internet. Atualmente, a maioria desses equipamentos são formados por dois rádios Wi-Fi: sendo um deles para acesso a internet através da faixa de frequência 2,4Ghz, e outro para a faixa de 5Ghz. Nesse caso, chamamos esses roteadores de “dual band”. Contudo, também é possível encontrar no mercado roteadores com apenas um rádio, que opera somente na frequência de 2,4Ghz.
A intensidade do sinal emitido pelos rádios Wi-Fi é chamada potência de saída. Ela é medida em dBm. Esse sinal é enviado para as antenas, que também influenciam na potência total do roteador, como veremos a seguir.
As antenas são elementos de um roteador projetadas para radiar o sinal Wi-Fi em todas as direções, propagando-o pelo ambiente para possibilitar a conexão dos dispositivos com o roteador. O ganho de uma antena é expresso em dBi (decibel isotrópico), isso porque retrata o quanto essa antena “amplifica” o sinal quando comparada a uma antena teórica de referência, denominada isotrópica.
Algo a ser notado com relação as antenas, está no tamanho que elas apresentam. “Uma antena com dimensão física maior, não necessariamente apresenta uma melhor performance, embora possa gerar essa impressão, contudo, o ganho determinado por este elemento é o fator essencial”, explica Renata.
A potência efetiva do roteador é chamada potência E.I.R.P. (Effective Isotropic Radiated Power). Ela é calculada a partir da soma da potência de saída dos rádios Wi-Fi com o ganho das antenas. Assim, se um roteador tem um rádio com 17dBm de potência de saída ligado a uma antena de 5dBi, sua potência E.I.R.P. é calculada da seguinte forma: 17dBm + 5dBi = 22dBm.
Essas informações podem ser obtidas nas especificações do produto. A combinação entre a potência do rádio e o ganho das antenas é uma decisão do fabricante para que seja explorado o máximo benefício do arranjo de hardware. O valor máximo de potência dos roteadores é regulamentado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), para que não ocorram interferências em outros serviços.
A velocidade é a capacidade de transmissão de dados do roteador. Ou seja: quanto mais veloz o roteador, mais rápido ele transfere os dados. Ela é definida pelos padrões Wi-Fi e indicada em Mbps.
Os padrões Wi-Fi tomam como base à tecnologia de conexão wireless, onde podemos destacar o Wi-Fi 4 (802.11n), Wi-Fi 5 (802.11ac) e Wi-Fi 6 (802.11ax).
Em resumo: a diferença entre potência e velocidade do roteador é que a primeira determina o quão longe o sinal pode chegar, enquanto a segunda indica a capacidade de transmissão de dados.
Desta forma, podemos notar que um roteador com excelente potência nem sempre é a melhor solução. Em muitos casos, a escolha é baseada apenas na área de cobertura – quantos metros quadrados o roteador alcança – mas isso não basta para ter uma boa experiência de navegação. Alguns roteadores super potentes podem ter velocidade baixa, e vice-versa. É preciso encontrar um equilíbrio que atenda às necessidades do usuário.
Por isso, para escolher o roteador ideal, é preciso fazer uma análise mais completa, levando em conta características do local, perfil dos usuários, número de dispositivos conectados e, é claro, a qualidade do roteador.
Fonte: Blog Intelbras